Avaliação da terapia profilática de fotobiomodulação em pacientes com osteossarcoma

Patrocinado por: Instituto Nacional de Cancer, Brazil

Atualizado em: 22 de janeiro de 2024
Recrutando

Status de recrutamento

Crianças até Adultos

Faixa etária

Todos

Sexo


Indefinida

Fase do estudo

Resumo:

Este estudo tem como objetivo avaliar a terapia de fotobiomodulação (PBMT) na prevenção da mucosite oral em pacientes com osteossarcoma submetidos a altas doses de metotrexato, por meio de dois protocolos diferentes.

Como hipótese, a fotobiomodulação para prevenção da mucosite oral após ciclos de Cisplatina, Doxorrubicina e Metotrexato é mais eficaz do que apenas a aplicação preventiva de laser de baixa potência após Metotrexato isolado.

Saiba mais:

Trata-se de um estudo de fase 3, randomizado, com pacientes com diagnóstico de osteossarcoma, cadastrados no Instituto Nacional do Câncer do Brasil (INCA), candidatos ao protocolo Glato (quimioterapia com doxorrubicina, cisplatina, metotrexato e cirurgia). Os pacientes serão randomizados aleatoriamente em blocos permutados para os grupos 1 ou 2. Após a confirmação dos critérios de elegibilidade, os pacientes serão convidados a participar da pesquisa antes de iniciar o tratamento e o TCLE/TALE será aplicado de acordo com o Guia de Boas Práticas Clínicas e nacional. padrões éticos.

Após assinatura do TALE/TCLE, os pacientes serão orientados a realizar higiene bucal após todas as refeições, sólidas ou líquidas, com creme dental fluoretado. No primeiro dia de quimioterapia, além do protocolo de higiene bucal, os pacientes serão orientados a enxaguar a boca duas vezes ao dia com clorexidina 0,12% por 7 dias. Uma vez diagnosticada a hipossalivação, os pacientes utilizarão gel umidificador oral quatro vezes ao dia (marca fornecida pela instituição).

Terapia de fotobiomodulação

  • A terapia de fotobiomodulação preventiva será realizada com o aparelho MMO (São Carlos, São Paulo, Brasil), com diodo fosfeto de alumínio e índio gálio (InGaAlP) com emissão de radiação na região vermelha do espectro eletromagnético (660 nm) com potência de 100mW, com área de feixe de 0,03cm². Foi determinada uma energia de 1J/ponto e uma densidade de energia de 33,3 J/cm²/ponto, que será aplicada pontualmente, com distância entre os pontos de 1cm, durante 10s por ponto, totalizando 9 pontos por região.
  • A técnica será realizada no primeiro dia da infusão de metotrexato e até que o paciente atinja concentração sérica igual ou inferior a 0,3 mmol/L; nos dias da infusão de doxorrubicina e cisplatina e no dia seguinte; e nos dias de infusão de doxorrubicina isoladamente nas semanas 24 e 28 do protocolo Glato. A fotobiomodulação será realizada em todos os ciclos de tratamento quimioterápico dependendo da randomização do paciente.
  • Grupo 1- A fotobiomodulação preventiva será realizada no dia da infusão de metotrexato e até que o paciente atinja concentração sérica igual ou inferior a 0,3mmol/L, a partir das semanas 4, 5, 9, 10, 17, 18, 22, 23, 26, 27, 30 e 31). Nos dias da infusão de doxorrubicina e cisplatina e doxorrubicina isolada, os pacientes não receberão terapia de fotobiomodulação.
  • Grupo 2- A fotobiomodulação preventiva será realizada nos dias da infusão de doxorrubicina (semanas 1, 6, 14, 19, 24 e 28) e cisplatina (semanas 1, 6, 14 e 19) e no dia seguinte à infusão de doxorrubicina e cisplatina (semanas 1, 6, 14, 19), nos dias de infusão de doxorrubicina isolada, semanas 24 e 28, a fotobiomodulação será realizada apenas no primeiro e segundo dia. A técnica também será realizada no dia da infusão de metotrexato e nos dias subsequentes até que o paciente atinja concentração sérica igual ou inferior a 0,3 mmol/L, a partir das semanas 4, 5, 9, 10, 17, 18, 22, 23,26. , 27, 30 e 31).
  • Caso o paciente apresente mucosite oral Grau 1, 2, 3 ou 4, receberá tratamento com aparelho MMO (São Carlos, São Paulo, Brasil), com diodo fosfeto de alumínio e índio e gálio (InGaAlP) com emissão de radiação na região vermelha do espectro eletromagnético (660 nm) com potência de 100mW, com área de feixe de 0,03cm². Foi determinada uma energia de 2J/ponto e uma densidade de energia de 66,6 J/cm²/ponto, que será aplicada pontualmente, durante 20s por ponto na área com MO e nas áreas saudáveis.
  • As regiões tratadas com laser da mucosa oral serão: mucosa bucal direita e esquerda, lábio inferior e superior, mucosa labial superior e inferior, borda lateral direita e esquerda da língua, ventre lingual, assoalho da boca e palato mole.
  • A avaliação da mucosa oral do paciente será realizada por membros da equipe do projeto de pesquisa.

Avaliação oral

Os pacientes serão avaliados no início do tratamento quimioterápico (D1) e em um segundo momento entre o terceiro e o sétimo dias subsequentes (D3 a D7). Nas semanas 24 e 28, a avaliação odontológica será realizada no D1 e entre o segundo e o sétimo dia (D2 a D7). Nas semanas em que o paciente não comparecer ao hospital, será realizada teleconsulta para acompanhamento dos sintomas e, caso seja identificada necessidade de avaliação presencial, será agendada consulta. cor, hidratação, integridade, presença de mucosite oral e infecções fúngicas, bacterianas e virais.

A avaliação da mucosite oral será estabelecida de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1979 e os critérios estabelecidos por Sonis et al em 1999 (OMAS). A escala de avaliação da OMS é composta por: Nota 0 – sem alteração (Ausente); Grau 1 – presença de eritema; Grau 2 - presença de eritema e úlceras, mas o paciente consegue ingerir sólidos e líquidos; Grau 3 - presença de úlceras, mas o paciente só consegue ingerir dieta líquida e pastosa e Grau 4 - presença de úlceras e impossibilidade de ingestão de sólidos ou líquidos.

A escala OMAS considera a presença e o tamanho das ulcerações/pseudomembranas e eritema. As ulcerações/pseudomembranas serão avaliadas de acordo com as seguintes pontuações: 0 - na ausência de lesões, 1 - em lesões menores que 1 cm3, 2 - em lesões medindo entre 1 e 3 cm3 e 3 - em lesões maiores que 3cm3. O eritema será avaliado de acordo com as seguintes pontuações: 0 - quando ausente, 1 - quando presente mas não grave e 2 - quando presente e grave. Será feito um cálculo diário da soma da média ponderada da área ulcerada e intensidade do eritema (MP=2,5 x [(∑ui : 3 x Nu )+ (∑ei: 2 x Ne) ], onde ∑ ui = soma da área ulcerada, Nu= número de áreas ulceradas, ∑ei= soma da intensidade do eritema e Ne= número de áreas com eritema Para mensurar a área será utilizada uma régua dentária milimetrada

Os pacientes serão questionados sobre a presença ou ausência de dor oral e orofaríngea. Ambas serão classificadas de acordo com CTCAE v5.0 em graus 1, 2 e 3, associados à Escala Visual Analógica, onde o valor 0 corresponde a nenhuma dor e 10, a maior dor. De acordo com as normas estabelecido pela escala visual analógica, os valores de 0 a 3 correspondem a dor leve, de 4 a 6 a dor moderada e de 7 a 10 a dor intensa.

A coleta de eventos adversos será direcionada apenas para eventos de interesse do estudo , relacionados a toxicidades na cavidade oral.Não se espera que haja coleta e análise de eventos adversos graves neste estudo. A Xerostomia

será avaliada de acordo com a presença ou ausência de queixas sobre esta condição por parte do paciente, associada à sialometria segundo CTCAE v5.0 nos graus 1, 2 e 3, no primeiro dia de cada ciclo de quimioterapia e entre o terceiro e sétimo dia (D3 e D7) da mesma semana de quimioterapia. Nas semanas 24 e 28, o fluxo salivar será avaliado no primeiro dia (D1) e entre o segundo e o sétimo dia (D2 a D7).

A coleta de saliva não estimulada será realizada conforme método descrito por Davies et al. (2002) O paciente permanecerá sentado verticalmente em local confortável. A primeira amostra de saliva será descartada e o restante será coletado em frasco descontaminado. A saliva coletada será convertida em ml/minuto e um fluxo salivar não estimulado inferior a 0,1mL/min será considerado hipossalivação. Critérios clínicos também serão utilizados para identificar a xerostomia, como lago salivar sublingual, espessamento salivar e aderência da espátula de madeira à mucosa oral, associados à queixa do paciente.

Critérios de inclusão:

  • Pacientes cadastrados no INCA com diagnóstico de OS (CID10-C41), com idade de 0 a 19 anos;
  • Pacientes com indicação do protocolo de quimioterapia Glato, que utilizará altas doses de MTX (HD-MTX (>1 g/m2).
  • Pacientes que, após receberem informações e instruções, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do paciente, em de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Critério de exclusão:

  • Pacientes que não concordam com o tratamento proposto.

Preventive photobiomodulation Therapy (PBMT)
Outro

The application of preventive TLBP will be performed with a laser device containing an aluminum phosphide and indium gallium diode (InGaAlP) emitting radiation in the red region of the electromagnetic spectrum (660 nm) with a power of 100mW and a beam area of 0.03 cm2 . An energy of 1J/point and an energy density of 33.3 J/cm2/point were determined, which will be applied punctually, with a distance between the points of 1cm, for 10s per point, totaling 9 points per region.

National Cancer Institute
Recrutando Rio De Janeiro / CEP: 20230-130

Contato principal: Ana Maria D da Costa / +55 21 3207-1859 / anadias257@gmail.com

Contato secundário: Heliton S Antunes, Dr. / +55 21 3207-1859 / hspindola@inca.gov.br

Código do estudo:
NCT06217224
Tipo de estudo:
Intervencional
Data de início:
outubro / 2022
Data de finalização inicial:
junho / 2025
Data de finalização estimada:
julho / 2025
Número de participantes:
53
Aceita voluntários saudáveis?
Não
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