Avaliação de variantes do gene APOL1 em ​​doadores de rim e seu impacto na função renal de longo prazo em doadores e receptores

Patrocinado por: Hospital do Rim e Hipertensão

Atualizado em: 28 de fevereiro de 2024
Recrutando

Status de recrutamento

Crianças até Idosos

Faixa etária

Todos

Sexo


Indefinida

Fase do estudo

Resumo:

Avaliação da frequência de variantes do gene APOL1 em ​​doadores de rim e o impacto dessas variantes na função renal a longo prazo de doadores e receptores de transplante renal.

Saiba mais:

Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública mundial e o transplante renal, quando indicado, é o tratamento de escolha para a DRC. A sobrevivência do transplante renal no final do primeiro ano é superior a 95%, no entanto, não houve uma melhoria correspondente nos resultados de sobrevivência do enxerto renal a longo prazo. Fatores como rejeição aguda ou crônica, infecções bacterianas ou virais, glomerulopatias de novo ou recorrentes estão associados à piora da função renal em longo prazo. Variantes genéticas do gene da Apolipoproteína L1 (APOL1) presentes em indivíduos com ascendência africana (AF) também podem interferir nos resultados do transplante. Na população geral, os indivíduos com AF apresentam maior risco de DRC e uma das hipóteses mais aceitas é que o gene APOL1 esteja associado à DRC. As variantes genéticas (G1 e G2) são exclusivas de indivíduos com AF e conferem maior risco de DRC. Na população transplantada, os rins de doadores falecidos de ascendência africana (AF) com variantes genéticas do gene APOL1 apresentam pior sobrevida do enxerto renal. Os receptores com as variantes genéticas, independentemente do genótipo do doador, apresentam risco aumentado de rejeição e perda do enxerto por mecanismos imunomediados que danificam o rim através da ativação de células T e NK. No Brasil são realizados mais de 5 mil transplantes por ano e é um dos países fora da África com maior número de afrodescendentes, alto índice de miscigenação e alta prevalência de ascendência africana. Apesar disso, não existem estudos sobre a frequência de variantes do gene APOL1 nesta população, bem como o seu impacto na evolução clínica do transplante renal. Objetivo geral: Avaliar a associação entre variantes de risco do gene APOL1 e função renal em longo prazo em doadores vivos e seus respectivos receptores. Objetivos específicos: i - Mensurar a prevalência de variantes do gene APOL1 na população de doadores vivos de rim; ii -Avaliar o impacto da presença de variantes de risco do gene APOL1 em ​​doadores vivos de rim, na sobrevivência do enxerto renal nos seus respectivos receptores; iii- Verificar o impacto da presença de variantes de risco do gene APOL1 na função renal em longo prazo de doadores vivos de rim após nefrectomia para doação. Metodologia: Avaliação dos receptores: estudo de coorte longitudinal, observacional e retrospectivo. Serão incluídos transplantados renais adultos de doador vivo, que tenham realizado o transplante no Hospital do Rim no período compreendido entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de março de 2015, e que permaneceram vivos e com enxerto funcionante um ano após o transplante. . . O período de observação será até março de 2020 (cinco anos). Serão excluídos: receptores que já tenham sido submetidos a transplante de outros órgãos e receptores que foram transferidos para acompanhamento em outros centros antes de 12 meses de acompanhamento após a realização do transplante. Avaliação de doadores: estudo de coorte transversal em doadores que doaram um rim no período entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de março de 2015. Será determinada a prevalência de variantes do gene APOL1 nesta população e serão avaliadas informações clínicas dos doadores, desde a data da nefrectomia até o momento da coleta dos exames. No período coberto, foram realizados 2.152 transplantes com doador vivo. Estima-se que a prevalência de variantes do gene APOL1 esteja entre 8 e 13%, incluindo populações com doença renal crônica e que foram submetidas a transplante renal. Para o cálculo do número amostral, será assumido, por hipótese, encontrar uma diferença de 10 ml/min/1,73m2 na Taxa Média de Filtração Glomerular Estimada (TFGe) ao final de 5 anos entre receptores de rins de doadores que apresentam alguma mutação de risco (modelo recessivo) em comparação com aqueles que não apresentam nenhuma mutação de risco. Para comprovar essa média na TFGe, o número mínimo necessário é de 98 indivíduos em cada grupo. Será assumido que a frequência mínima de mutações é de 8% na população de interesse, para atingir 98 indivíduos em cada grupo, o número total de indivíduos necessários para serem avaliados quanto à presença de mutação será de 1225 doadores. Considerando que haverá uma perda de seguimento de 20% do total de indivíduos, o número total de doadores necessários para serem convidados será de 1.535 pacientes. Ao incluir 1.225 doadores, serão incluídos 1.225 receptores, totalizando 2.450 pessoas. Endpoint primário: TFGe 5 anos após o transplante em receptores. Endpoints secundários: taxa de declínio da TFGe entre 1 e 5 anos após o transplante renal em receptores; Perda do enxerto em até 5 anos de acompanhamento; Morte em receptores dentro de 5 anos de acompanhamento; Rejeição aguda. Resultados exploratórios: TFGe atual em doadores.

Critérios de inclusão:

1.1.1.1. Critérios de inclusão 1.1.1.2. Para receptores:

1. Receptores de transplante renal de doador vivo, realizado no Hospital do Rim no período de 1º de janeiro de 2008 a 31 de março de 2015;

2. Destinatários que tenham completado um ano do transplante, com enxerto renal funcionante;

3. Os receptores cujos doadores foram localizados concordaram em participar da pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e submeteram-se à coleta de exames.

Para doadores:

1. Doadores vivos de rim cuja doação foi realizada no Hospital do Rim no período entre janeiro de 2008 e dezembro de 2015;

2. Que estejam vivos no momento do início do estudo;

3. Quem assinou o TCLE.

Critérios de exclusão:

  • Para beneficiários:

1. Destinatários que realizaram o transplante com idade inferior a 18 anos;

2. Destinatários que já foram submetidos a transplante de outros órgãos; 1.1.3.3. Para doadores: Doadores que retiraram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em qualquer fase do estudo.

Hospital Do Rim
Recrutando São Paulo / São Paulo / CEP: 04038-002

Contato principal: Monica Nakamura / 551150878318 / monica.nakamura@hrim.com.br

Código do estudo:
NCT06116721
Tipo de estudo:
Observacional
Data de início:
outubro / 2023
Data de finalização inicial:
outubro / 2024
Data de finalização estimada:
novembro / 2025
Número de participantes:
2450
Aceita voluntários saudáveis?
Não
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