O presente estudo é um ensaio clínico prospectivo randomizado, simples-cego. Seu objetivo é avaliar as possíveis alterações qualitativas na função orgânica e na resposta inflamatória sistêmica ao usar dexmedetomidina associada à anestesia geral para cirurgias de colecistectomia laparoscópica. O estudo foi desenhado e executado de acordo com a rotina cirúrgica do Hospital Universitário Gaffré e Guinle - RJ. O serviço de anestesiologia é reconhecido pelo Ministério da Educação e pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Os dados cadastrais do participante serão substituídos por códigos de preservação de informações pessoais. Na elaboração do estudo foram utilizados: 1) Seleção dos pacientes ASA I e II listados para procedimentos eletivos e padronização da técnica anestésica. 2) Um sistema padronizado de coleta de dados em formulário específico e alimentado com os residentes com supervisão adequada; 3) procedimentos convertidos em cirurgia aberta foram excluídos, pois implicam aumento do trauma cirúrgico e ausência da síndrome de perfusão-reperfusão do pneumoperitônio;4) Foram utilizados dois grupos com características semelhantes e a única diferença será a administração ou não de dexmedetomidina no procedimento em estudo;5) Estudo com cegamento simples: o paciente, também chamado de objeto de estudo, não sabe a qual grupo pertence. O investigador faz. Infusões contínuas de dexmedetomidina ou soro fisiológico 0,9% (placebo) foram usadas. A dexmedetomidina foi utilizada no grupo intervenção da seguinte forma: início na indução anestésica após obtenção de acesso venoso a 1mcg/kg/h por 20 minutos, seguido de 0,2 - 0,5 mcg/kg/h até o término da cirurgia. O grupo placebo receberá infusão de solução salina 0,9% nas mesmas taxas do grupo intervenção. Amostras de sangue venoso foram coletadas em três momentos (T1, T2 e T3): Antes da indução anestésica com coleta no ambiente pré-operatório no dia da cirurgia ou durante a venóclise antes da indução anestésica (amostra 1, T1); 6 horas após o início do fechamento do orifício e conclusão da infusão do fármaco ou placebo (amostra 2, T2); e a última amostra de sangue será coletada por mim na manhã seguinte ao pós-operatório, próximo à alta hospitalar (amostra 3, T3). Serão dosados em todas as amostras de sangue venoso: IL-6, cortisol, PCR e glicemia (técnicas de dosagem - quimioluminescência ou ELISA).