Efeitos da fotobiomodulação na dor e na função sexual em mulheres com dispareunia: ensaio clínico randomizado

Patrocinado por: Federal University of Health Science of Porto Alegre

Atualizado em: 14 de junho de 2024
Ainda não recrutando

Status de recrutamento

Adultos

Faixa etária

Feminino

Sexo


Indefinida

Fase do estudo

Resumo:

O objetivo deste ensaio clínico é comparar os efeitos da aplicação vulvar e intravaginal de PBM em comparação com o grupo simulado na dor e na função sexual em mulheres com dispareunia. As principais questões que se pretende responder são:

- Quais os efeitos da aplicação vulvar e intravaginal de fotobiomodulação (PBM) em comparação ao grupo sham sobre a função sexual de mulheres com dispareunia nos momentos pós-intervenção imediato e no seguimento -ups de 15, 30, 90 e 180 dias?- Quais os efeitos da aplicação vulvar e intravaginal de fotobiomodulação (PBM) em comparação ao grupo sham sobre a dor em mulheres com dispareunia nos momentos pós-intervenção imediato e nos seguimentos de 15, 30, 90 e 180 dias?Os participantes do grupo de fotobiomodulação GPBM receberão, durante os 8 dias de intervenção, aplicação em 8 pontos (4 vermelhos e 4 infravermelhos) na região vulvar e 8 pontos (4 vermelhos e 4 infravermelhos) na região intravaginal do assoalho pélvico do PBM enquanto o grupo GS receberá simulação de aplicação de PBM no mesmo número de pontos vulvares e intravaginais, nos mesmos locais onde foi aplicado no grupo GPBM. Ver se 8 aplicações de fotobiomodulação são realmente capazes de reduzir a dor e melhorar a função sexual em mulheres com dispareunia

Saiba mais:

A disfunção sexual feminina é conhecida como o distúrbio vivenciado por uma mulher quando ocorrem mudanças em seu comportamento sexual habitual. Estima-se que entre 16 e 40% das mulheres sofram de alguma forma de disfunção sexual, e esse percentual aumenta com a idade.1 Dentre os distúrbios dolorosos, destaca-se a dispareunia, que é definida como dor percebida na pelve associada ao sexo com penetração . Pode ser aplicado a mulheres e homens. Geralmente ocorre com a penetração peniana, mas costuma estar associada à dor durante a inserção de qualquer objeto. Pode aplicar-se a relações sexuais anais e vaginais. É classicamente subdividida em superficial, quando acomete a vulva e a entrada vaginal, e profunda, quando a área dolorosa é o colo do útero, a bexiga e/ou a parte inferior da pelve.2 Outra classificação a divide em primária, associada à dor em o início da vida sexual, e secundária, quando surge mais tarde.3 Afeta diretamente a saúde física, bem como o bem-estar sexual e mental. Consequentemente, pode levar à depressão, ansiedade e baixa autoestima nas mulheres que a vivenciam.4 Estudos mostram associação entre hiperatividade da musculatura pélvica e dispareunia, que pode ter impacto significativo na saúde física e mental, levando a problemas como como depressão, ansiedade, hipervigilância à dor, imagem corporal negativa e baixa autoestima, além da possibilidade de levar a outras disfunções sexuais.5 O tratamento multidisciplinar é altamente recomendado nesta população e visa abordar diversas questões físicas, emocionais e comportamentais aspectos envolvidos nas disfunções sexuais. Essa abordagem envolve a colaboração de uma equipe formada por profissionais especializados, como ginecologistas, fisioterapeutas, terapeutas sexuais, psicólogos e/ou psiquiatras. Dentre esses profissionais, a fisioterapia se destaca como uma intervenção capaz de melhorar a saúde sexual, por meio de abordagens individualizadas para cada paciente. Considerando que muitos pacientes com dispareunia não respondem adequadamente à terapia medicamentosa convencional, fica clara a necessidade de busca de novas alternativas terapêuticas, como a fotobiomodulação (PBM). Estudos anteriores mostram resultados positivos no uso de PBM na melhora da dor relacionada a condições musculoesqueléticas e artríticas. Além disso, a aplicação do PBM na área da fisioterapia pélvica foi ampliada. Estudo realizado por Lev-Sagie et al.6 mostrou resultados positivos no uso da fotobiomodulação em mulheres com vestibulodinia, em relação à dor. Estudos anteriores também indicam que a aplicação intravaginal de FBM tem sido eficaz no alívio da dor em condições relacionadas à dor pélvica crônica, endometriose e dor pélvica de origem miofascial, o que sugere que a fotobiomodulação pode ser uma terapia promissora para mulheres com dispareunia.7 ,8, 9 Nos últimos anos, pesquisas têm sido realizadas para investigar a presença e o aumento de mediadores inflamatórios em diferentes distúrbios musculoesqueléticos dolorosos10-14. Estudo que aplicou fotobiomodulação em pacientes com lombalgia observou alterações em alguns biomarcadores, no plasma ou microdialisado, indicando que pacientes com lombalgia que recebem fotobiomodulação podem apresentar alterações nos níveis de mediadores inflamatórios.15 Mas até o momento, poucos estudos têm realizados sobre esse tema, nenhum deles aplicado em mulheres com dispareunia A escassez de estudos que padronizem um protocolo de aplicação, que observe tempo de efeito e análise de biomarcadores inflamatórios no uso da fotobiomodulação em mulheres com dispareunia, justifica a necessidade de pesquisas sobre o tópico. Portanto, o objetivo deste estudo é comparar os efeitos da aplicação vulvar e intravaginal de PBM comparado ao grupo sham na dor e na função sexual de mulheres com dispareunia nos momentos pós-intervenção imediatos e em acompanhamentos de 15, 30 , 90 e 180 dias.

Critérios de inclusão:

  • Mulheres, com idade entre 18 e 45 anos classificadas com critérios de dispareunia, de acordo com as diretrizes da diretriz da European Association of Urology (2022)2, que relatam dor na relação maior que 3 na escala visual numérica de dor no início da participação na pesquisa, que apresentam sensibilidade à palpação unidigital da parede muscular pélvica (por exemplo, levantador do ânus, coccígeo, obturador) e que relatam sentir dor durante a penetração há pelo menos 6 meses. Critérios de exclusão de QUEBRADELINHA:
  • Mulheres com histórico de doenças neurológicas ou oncológicas ou fraturas ósseas na região pélvica, além de radiculopatias, doenças cardíacas descompensadas ou distúrbios metabólicos, gestantes, lactantes, mulheres na menopausa, mulheres com dificuldades de compreensão escrita ou falada idioma, em uso de medicamentos fotossensibilizantes, que apresentem quadro inflamatório ou tenham feito uso de antiinflamatórios no dia da avaliação, sinais de alerta (sangramento pós-coito, perda de peso abrupta e inexplicada, presença de massa visível na ultrassonografia, hematúria macroscópica ou microscópica), que têm diagnóstico de síndrome da bexiga dolorosa, síndrome do intestino irritável, cistite intersticial, fibromialgia. Que tenham histórico de cirurgia de coluna ou tenham sido submetidos a alguma intervenção cirúrgica com anestesia geral nos últimos 120 dias. Atualmente está em tratamento de fisioterapia pélvica.

photobiomidulação
Aparelho

The volunteers in the GFBM group will undergo 8 sessions of a combined red and infrared laser protocol with 4J of infrared power and 4J of red power. Being applied at 8 points (4 red and 4 infrared) in the vulvar region and 8 points (4 red and 4 infrared) points in the intravaginal pelvic floor region. The MMO semiconductor laser device (GaA1As and InGaAlP) will be used with an area of the output laser beam at the NOZZLE of the laser pen of 3mm2 and wavelengths of 660nm (Red Laser) and 808nm (Infrared Laser) with a power of 100mW. The application will be carried out with the volunteers on a stretcher, in the supine position, gynecological position, with the knees and hips flexed and in abduction, feet supported on the stretcher.


Placebo
Outro

The placebo control will be administered using the same device as the GFBM, but without any therapeutic dose delivery. Furthermore, the irradiated sites and irradiation time will be the same as PBMT. Volunteers will receive a total dose of 0 J in placebo mode. This treatment was also carried out in 8 sessions.

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Porto Alegre / Rio Grande do Sul / CEP: 90050-170

Código do estudo:
NCT06460415
Tipo de estudo:
Intervencional
Data de início:
junho / 2024
Data de finalização inicial:
janeiro / 2027
Data de finalização estimada:
agosto / 2027
Número de participantes:
52
Aceita voluntários saudáveis?
Não
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