Neste estudo, os pesquisadores estão testando a hipótese de que as reduções na atividade simpática seriam maiores após o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) do que o treinamento contínuo de intensidade moderada (MICT) e correspondem a melhorias na função vascular periférica e na função muscular esquelética em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr). Para testar esta hipótese, pacientes com insuficiência cardíaca crônica (30 -65 anos), fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤40%, Classes Funcionais II-III), estão sendo randomizados para exercícios com HIIT, MICT ou nenhum treinamento (NT) três vezes/semana por 12 semanas. A atividade nervosa simpática muscular é avaliada por microneurografia. A dilatação mediada pelo fluxo (FMD) da artéria braquial, o fluxo sanguíneo e a condutância vascular foram avaliados por ultrassonografia. A pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC) estão sendo medidas por meio de fotopletismógrafo digital e o consumo máximo de oxigênio (V̇O2pico) por meio de um teste de exercício cardiopulmonar em cicloergômetro para perna. Amostras de biópsia do vasto lateral da coxa estão sendo coletadas para análise dos mecanismos intracelulares no músculo esquelético. O treinamento físico está sendo realizado sob supervisão no Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tanto o HIIT quanto o MICT são realizados em um cicloergômetro, três vezes por semana durante 12 semanas, e as sessões de treinamento foram combinadas quanto ao gasto energético (ou seja, um gasto energético isocalórico de 200 Kcal/sessão). A intensidade da sessão MICT é estabelecida com base nos níveis de FC e carga de trabalho correspondentes ao limiar anaeróbio e ponto de compensação respiratória (RCP). A intensidade da sessão de HIIT é estabelecida com base nos níveis de FC e carga de trabalho correspondentes a 5% acima do RCP. Todas as sessões de exercícios foram realizadas sob a supervisão de um fisiologista do exercício. Os pacientes do grupo NT foram instruídos a evitar qualquer programa regular de exercícios ou qualquer protocolo de exercícios não supervisionados durante o estudo. Todos os pacientes estão sendo avaliados antes (pré) e após (pós) ambas as modalidades de treinamento físico ou controle, sem treinamento.